Cada vez mais, o mundo globalizado exige que estejamos além de nosso tempo e de nossas habilidades evolutivas. O homem pré-histórico, motivado pelas necessidades de sobrevivência instintiva e dependente da força física ficou no passado. As necessidades agora são outras, as selvas agora são de pedras, a força e o instinto baseiam-se nas relações e trocas de informações entre os seres e a capacidade destes, em sobreviverem ao oportunismo e interesses maciços de poderosos que atingem ideologicamente, a grande massa da população mundial. Grandes empresas como a Coca-cola, o Mcdonalds, a própria Rede Globo e outras mais consideradas multinacionais, dominam tal massa, criando um marketing que desperta a curiosidade, a admiração e a emoção. Tais sentimentos comuns em todo ser humano, o leva a experimentar e admitir coisas em suas vidas que antes pareciam impossíveis. É o êxtase por um único momento, ou por uma única satisfação descabida, torna-se muitas vezes seu objetivo maior ou seu principal meio de conseguir felicidade.
São esses sentimentos humanos que também a informática, os computadores, os novos programas e hardwares, a Internet, os emails, orkuts e facebooks despertam. È como se o ser humano saísse de si mesmo para entrar num mundo novo, repleto de novas conquistas e possibilidades. Não precisamos mais travar grandes guerras ou batalhas, as relações não precisam mais ser cara a cara, podemos conversar, estudar e trabalhar via uma máquina. Basta estarmos todos conectados a uma rede.
É essa rede universal e globalizada que direciona tudo e a todos se incluírem digitalmente e provarem desse processo virtual. Quem não se integra, se encontra fora do sistema, definitivamente deletado. Por isso, no fórum dessa primeira unidade da disciplina, disponibilizei um site que trazia explicações detalhadas sobre os três pilares da inclusão digital: as TIC’s, a renda e a educação; e alguns dados explicativos e numéricos de como esses pilares têm sido construídos em nosso país, possibilitando novos processos educativos e propiciando novos avanços tecnológicos e melhorias sociais.
O site divulga também o número de excluídos desse processo digital, motivada principalmente pela falta de um dos três pilares: exclusão às novas tecnologias da era digital, exclusão sócio-econômica ou exclusão dentro do conteúdo curricular educacional.
No final o site conclui: “...O Brasil tem condições de superar esse atraso e as vicissitudes existentes. Todavia, para que isso de fato ocorra, é preciso começar a fazê-lo hoje, ou melhor, ontem. Do contrário, as gerações vindouras continuarão com elevado índice de excluídos da era digital. A inclusão digital tem um tripé que compreende acesso a educação, renda e TIC’s. A ausência de qualquer um desses pilares significa deixar quase 90% da população brasileira permanecendo na condição de mera aspirante a inclusão digital. Dentro deste contexto, considera-se que a inclusão digital é necessária a fim de possibilitar à toda a população, por exemplo, o usufruto dos mais variados serviços prestados via Internet. Hoje em dia, ter acesso a Internet significa acesso a um vasto banco de informações e serviços. Este imenso repositório de conteúdo e serviços merece e deve ser utilizado por toda população brasileira. É preciso que o governo, como principal protagonista, assuma o papel de coordenador e atue em conjunto com sociedade civil organizada a fim de assegurar o tripé da inclusão digital.” (Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/024/24amsf.htm).
Enfim, a educação move montanhas e promove desenvolvimento cultural e social. É na escola e com a educação que nosso país poderá abrir as portas para um futuro mais dignificante para cada brasileiro. Para isso, governo e sociedade precisam dar as mãos e melhorar o sistema educacional como um todo, principalmente no que tratamos: a inclusão social e digital.